quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Terceira idade - grupo de risco, assaltos e os intermináveis telefonemas de telemarketing...


Anna Shvets - Pexels

Sério, duvido que alguém possa dizer que é a "melhor idade" essa. Não, não vou comentar hoje sobre dores, doença, cansaço, solidão, etc., etc...

Hoje quero comentar sobre os assaltos, os pedidos de toda sorte-azar e os intermináveis, recorrentes, diários telefonemas de telemarketing. Não cito as mensagens de whatsapp pois estas, simplesmente, dá pra excluir.

Quem não?

Chatice! E sem poder recorrer, pois no caso do telemarketing, o pessoal falava que era só "ir no Procon" que resolvia. Que nada! Trocam os números fictícios a cada nova chamada. De nada adianta, nem bloquear, nem denunciar! 

Sempre novas ofertas e as antigas também: empréstimos, empréstimos, empréstimos! Precisando de dinheiro? Banco safra, bmg, pan, itaú, bradesco..... Senhor!!! E o pior é quando se pede para tirar o nome do cadastro, pois não há nenhuma possibilidade de querer e, simplesmente, em um mesmo dia, chegam a vir dezenas de chamadas! Passam para outro(a) funcionário(a) operador(a) e segue a incomodação!

Houve uma ocasião em que a pessoa se identificou como sendo "da Previdência" e comunicando que eu havia recebido um novo cartão, isento de anuidade. Só vir pegar. Resolvi saber um pouco mais, só pra ver até onde ia a incoerência.

- A Previdência firmou uma parceria com um banco e queremos lhe oferecer um cartão novo, sem anuidade - disse a moça.

- Ah, é? - respondi - E com que entrou a Previdência nesta parceria?

OLHA A RESPOSTA!

- O banco entrou com o cartão e nós, da Previdência, com o plástico do cartão!

Gente! Ou era pra me zoar ou era sei lá o que!

Já tirei o som de meu telefone fixo (só aumento o volume caso eu fizer uma ligação, o que dificilmente acontece. Mas, faz parte do combo na operadora, aí, usando ou não, é mais conveniente pagar pelo serviço não usado que adquirir outro... só no Brasil...).

Já mudei o número do celular e whats, porém, aos poucos, estes invasores vão tendo acesso igual... Desrespeito que, sei, pode ser contestado por invasão, mas, como saber quem é que está incomodando do outro lado???


Sobre riscos para assaltos, o quadro é igualmente frágil.


Reafon Gates - Pexels

Este é um caso de um "Bom Assalto" - Sinto que neste dia fui abençoada!

Outro dia saindo de casa após o almoço, tipo 2h da tarde, ía atravessando uma rua perto de casa, naquele horário totalmente deserta, vem atravessando um daqueles rapazes altos, esguios, em minha direção. Fui olhando fixo para ele, "encomendando minh'alma", pois pressenti que iria ser assaltada. Pra minha sorte, tratava-se de um desses jovens que ficam alegres, não sei qual a droga que havia ingerido. Veio gritando:

- E aí, madrinha, como é que vai esta força?

Decidi que iria tentar entrar na vibe dele:

- E aí, meu afilhado, como está? Faz tempo que a gente não se vê! - Eu disse sorrindo largamente. (Era tudo ou nada!)

Ele parou na minha frente, perguntou quanto dinheiro eu tinha. Pedi desculpas:

- Olha, sério, vou te mostrar a minha carteira. Tenho 7 reais em dinheiro (e era verdade!). Desculpa, mas hoje saí só com o cartão de crédito! Se quiseres, podes me acompanhar até o supermercado que lá tem um 24 horas e dá pra sacar algum!

- Não, é muito longe! Vou querer só os 7 mesmo!

E emendou, sei lá porque:

- Vou levar até o Emanuel, pra contribuir com os pães!

- Ah! O Emanuel? - trata-se de um asilo de velhinhos - Que legal! Sempre que encontro um dos rapazes compro o pão, que é muuuito bom! Também as cucas!

(O Centro possui também uma ala de reeducação de pessoas adictas e um dos aprendizados é o fabrico de pães e cucas, sob a supervisão de especialista na área.)

- Minha mina trabalha lá! - arrematou.

- Puxa! Que dez! Quando a vires, diz que mando um abraço!

- Pode deixar que eu falo, sim! - respondeu com um sorriso infantil, olhão esbugalhado.

Sei lá se foi aquele momento inusitado, só sei que deu certo. Eu abri a carteira, ele se inclinou um tanto mais para ver que, realmente, tinha uma notinha de cinco e uma de dois reais. Tirei as duas e repeti novamente:

- Desculpa por ser pouquinho. Mas é isso!

O rapaz agradeceu sorrindo e foi embora!

Agradeci à Fonte Divina e segui!

Houve várias outras situações não agradáveis, mas prefiro não lembrar delas.

E assim vamos indo!!!

Lidando com a impotência de um mundão caótico. Lembrando que não somos os salvadores d mundo. E que há tanta coisa que poderia - e deveria - ser trabalhada na gênese! Mas não! Os governantes e donos do poder preferem sempre a intervenção remediativa (que concede mais louros!) que a prevenção (que é a única capaz de prospectar uma mudança efetiva!).


Fotos:
https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoa-maos-mulher-segurando-3683209/
https://www.pexels.com/pt-br/foto/alerta-ao-ar-livre-arte-assinatura-1570264/

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Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui












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