sábado, 15 de fevereiro de 2020

Dormir sem sonhos, com sonhos, com ou sem pesadelos - O universo noturno de cada um

@Pixabay  Autoconhecimento e auto aceitação




"Talvez o tempo imaginário seja o autêntico tempo real e o que chamamos tempo real seja somente um produto de nossa imaginação." (Stephen Hawking)

Mundo feito de "talvez". 
Verdades calcadas na temporalidade. 
Teses baseadas em teorias. 
Testes parciais para definir o insondável. 
Já reparou que vivemos em um universo de probabilidades? 
Sendo assim, o que é o certo e o errado? 

S-e-m-p-r-e sonhei muito, sonhos bons, energizantes, fortalecedores. Sei lá como, em situações de muito estresse, quando não sabia como "sair dessa", dirigia meus pensamentos ao Bem, antes de dormir e, na maioria das vezes, tive sonhos muito lindos. Como o que relatei em uma experiência que tive em Chuí-RS-Brasil. São várias as experiências e acordava refeita, renovada. Alguns deles escrevi, mas não chega a 1 por cento.

No início da puberdade tive também muitos sonhos-pesadelos, situações que se acentuaram muito naquela época, especialmente pouco antes da separação dos pais e após. Embora, assim como os bons, ainda permaneçam, estão em número bastante reduzido. 

Uma das situações mais embaraçosas foi quando me encontrei me arrastando morro acima, em uma noite-breu, como soldado, segurando o fuzil e me movimentando. Tinha vários companheiros na mesma situação. Eu sabia usar a arma, embora, na vida 'real' nunca tenha nem chegado perto de um artefato desses. Assimilei como sendo 2ª Guerra. Situação inusitada, pois nem havia lido nada a respeito, nem visto nenhum filme, nem houve comentários atinentes no círculo familiar.

Aprendi com Pierre Weil a 'tratá-los', enviando comandos para meu cérebro, um "stop", por vezes ainda durante o estágio mais profundo. Saber (e usar) isto foi maravilhoso e aumentou minha autoconfiança. 

"Conexões" diretas em momentos em que afetos estavam em dificuldades, ou mesmo em passagem para outro Plano (morte).

Visitas e encontros de pessoas que já se foram, verdadeiros diálogos, como expressei em um dos posts que publiquei em outro blog.

Lugares que reconheceria com toda a facilidade, caso os encontrasse novamente.

Pintei quadros de "saídas recorrentes", várias noites indo para um mesmo lugar. Com ou sem pessoas. 

Uma delas foi o encontro com pessoas, todos nós de roupas longas, em uma mesma praia. Em determinado momento adentrávamos uma passagem na rocha, permanecíamos em meditação e depois de um tempo, cada um voltava ao seu lugar de origem (no meu caso, o leito...rsrsrs).

Ao findar a pintura, dei-lhe o nome de A Comunidade.


A Comunidade (óleo sobre tela - Marise Jalowitzki - década de 1980 - Arquivo Pessoal)


Quando mostrei a tela para um professor-doutor em psicologia, ele comentou: "É uma viagem para uma Comunidade Druída". Eu nem sabia o que era 'druída'... se hoje adentrasse naquela mesma caverna, reconheceria o lugar, sem sombra de dúvidas. Encontrávamo-nos em silêncio em frente à entrada, permanecíamos em silêncio durante o encontro e assim, no retorno, eu acordava. Ponto.

Enfim, é como se acessasse um mundo paralelo. 

Sim, existem linhas que defendem esta 'outra realidade', seja no campo da ciência, seja no campo da espiritualidade. 

Será que saberemos, um dia, o que efetivamente ocorre? 

Se 'fabricação' da mente, não deixa de ser uma coisa boa, pois permite alargar a consciência do que é Vida, de como tratar e lidar com os outros (pelo menos foi o que aconteceu no meu caso). 

Se, efetivamente, os outros níveis de vivências acontecem, como defendem vários cientistas, gente, quanta coisa a ser explorada!

Como tudo ainda continua numa névoa de [des]entendimento, sempre primei por não aprofundar. Nunca 'chamo', nunca recorro. Até porque a tendência dos terceiros é de patologizar tudo! Se até Jesus Cristo querem catalogar como esquizofrênico!

Quando acontece, procuro acolher com a maior naturalidade.

Na minha percepção existencial, o fruto, o produto, o resultado é que deve ser avaliado e, então, validado. 
Fere a alguém ter estas experiências? Não. 
Infelicita a vida de alguém? Pelo contrário. 
Incapacita para o trabalho, o dia a dia, a execução das tarefas? A mim, pelo menos, não.

Gratidão, Vida!


(Imagem do topo: Hoam Kiem Lake - Ha Noi - Viet Nam - mylns65hoasphn - Pixabay) 



Link deste post: https://diariodaultimaetapadavida.blogspot.com/2020/02/dormir-sem-sonhos-com-sonhos-com.html







Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui






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