eu quero fazer, ou eu tenho que fazer (Imagem: Anestiev/Pixabay) |
No avanço da administração de si, cabe perguntar:
Qual a diferença entre prioritário, urgente, impossível, possível, obrigado ou almejado?
São diferenças cruciais. E cuja clareza acaba por definir o nosso passo nesta existência, pra menos ou pra mais.
Prioritário: o que está na frente das demais ações e tarefas. Portanto, está nos primeiros lugares de uma agenda pessoal (ou organizacional, de grupos, etc.). É fazer o que precisa ser feito, já, pois disto depende o resultado final.
Urgente: devido à imprevisibilidade (um acidente doméstico, uma ocorrência inusitada, etc.), uma necessidade que se interpõe às demais, "passando na frente" daquilo que era prioritário até então. É o agora, neste instante... mobilizem todas as forças para que se realize.
Impossível: aquelas coisas, projetos, sonhos, tarefas que teimamos em continuar alimentando, mesmo quando todos os acenos são para o negativo. Fundamental avaliar as habilidades, as capacidades individuais, para não acabar em fumaça. São raríssimos os eventos em que se pode utilizar aquele jargão "não sabia que era impossível, foi lá e fez..." e as consequências? se deu certo, o mundão costuma exaltar e incentivar mais e mais ações de alto risco. E, se redundar em fracasso (incluindo o risco de vida, por vezes), os noticiários silenciam e ... não se fala mais nisso.
Possível: Estou preparado? então vou e faço. É conveniente? então vou e faço. As pessoas querem, tem mercado favorável? então vou e faço. Importante levar em consideração também o aspecto financeiro a ser empatado, tanto para um projeto de um grupo ou comunidade, como uma viagem, uma aquisição além das posses atuais. Precisa avaliar e considerar todas as nuances.
Obrigado ou almejado? Aqui a intenção vai fazer toda a diferença! Se faço por obrigação, porque os outros dizem que é bom pra mim, "uma pessoa na tua idade" tem de pensar assim, tem de fazer assim"... quantas vezes já ouviu isto? Agora, quando é almejado, querido, desejado, mesmo que muitos digam "não fica bem", quando se está inteiro naquilo que se deseja muito, tem tudo pra dar certo!
Lembrei agora de uma frase hilária: "Fi-lo porque qui-lo"... do folclore que rodeou Janio Quadros, presidente da República por alguns meses (janeiro a agosto de 1961, quando renunciou). Nem sei se é verdade mesmo que ele pronunciou esta frase, mas, que ela é engraçada, é. O correto seria dizer: "Fi-lo porque quis".
E trata-se de uma verdade. Fazer algo porque se quer fazer, retira quase todo o esforço.
Ocorrência
Dia 06
Quando vi, passou da meia noite e não havia registrado nada em meu "Diário da Última Etapa da Vida"!! Havia me proposto a deixar um registro todos os dias e não esperava que iria esquecer tão loguinho!
Mas, estive bem envolvida em construir um texto para entregar a uma autoridade e quis aproveitar para concluir, já que estava embalada, com a sequência dos fatos bem fresquinha (como deve acontecer). Depois que concluí, enviei por e-mail, fui tomar meu banho e deitei. Luzes desligadas, eu já acomodada, "putz, não escrevi nada!". Mas não levantei, me aconcheguei ainda melhor, agradeci pelo dia, por ter concluído o relatório e adormeci.
Fiquei contente comigo mesma. Fossem outros tempos, invariavelmente teria levantado e feito o "dever de casa"! Mas, isto não é um dever. É só uma proposta que fiz a mim mesma, sem "tem que", apenas "eu quero".
Portanto, neste projeto, não há obrigação. Apenas Querer. Que diferença grande isto faz na Vida! Quanta leveza se colhe ao conseguir identificar o urgente, o prioritário, o opcionanl. E quais as implicações e consequências de realizar ou não!
Especialmente eu, uma pessoa que se empenha, já há alguns anos, a retirar sempre mais e mais as tarefas auto impostas, que progresso!
Para "me" ajudar, há 3 décadas comecei a repassar em meu eventos de desenvolvimento humano teorias e programas direcionados a isto: O que é Intenção, e quais as implicações em realizar ou não. E o que irrestritamente Obrigação, e quais as consequências de não cumpri-las.
Ação
Querendo, liste, em primeiro movimento, várias ações (que deseja fazer ou que já faz, desafiantes ou rotineiras) e, depois, vá colocando-as em cada um dos grupos enumerados acima.
Ao fazer esta avaliação, muitos itens da agenda passam de um lado para o outro, o que retira um grande peso dos ombros, do corpo todo! Da Alma!
Parabéns!
Pra que correr pra fazer coisas, ainda que custem, quando ninguém será prejudicado em não as fazendo?
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Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui
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