segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Álcool, ponto cego da saúde em todo mundo, mata mais pessoas anualmente do que HIV, tuberculose e malária, juntos

@ Pexels

Toda a matéria está publicada no The Lancet, um dos mais credenciados do mundo. O original (que menciono ao final), mostra bem o jogo publicitário envolvido nesta indústria, as grandes instituições que fazem 'vista grossa', que não divulgam dados.

O álcool é responsável por mais de 25% das mortes mundiais em pessoas de 20 a 39 anos e mata mais de 3 milhões de pessoas todos os anos.

Uma festinha, uma comemoração, uma promoção no trabalho, um anúncio oficial de casamento, tudo costuma ser 'regado' com alguma bebida alcoólica. 

O que poucos sabem, no entanto, é que o álcool mata mais pessoas anualmente do que HIV, tuberculose e malária, juntos. 

Isto é simplesmente assustador, principalmente pela negligência com que o tema é tratado. 

Frases conhecidas por todos nós: 
"Se beber, não dirija!"
"Beba com moderação" não afetam o dia a dia do consumidor, face à disseminação crescente da publicidade envolvida.

Droga lícita, que pode ser usada para "brindar" ou como escape para alguma frustração. Neste último, inegável a inicial sensação de "consolo" que provoca. Rua perigosa, que só tende a se estender. Um problema que aflige a todos, sejam consumidores ou familiares destes. 

Como "arma química" para o cérebro, alguns conseguem moderar e assumem o papel de "beber socialmente". Para muitos outros, não. Seja por fatores genéticos, seja por imunidade baixa, seja por estar passando por perrengues (indesejáveis situações), sempre é um risco. 

E aí começa outra dolorosa caminhada: a procura por drogas psiquiátricas, especialmente antidepressivos, que, a médio prazo, terminam por exacerbar o quadro. E a roleta russa está instaurada. A mistura do psicotrópico com álcool é simplesmente D-E-T-O-N-A-D-O-R-A!!!

Melhor é não beber álcool. Nem começar. Dá pra brindar com tantos sucos gostosos! Tudo questão de costume.

O uso de bebidas alcoólicas provoca tantos danos, o indivíduo já não tem a mesma clareza e discernimento, o álcool deixa "tudo mais fácil": Violência, brigas, assédio, mutilações, chegando até em suicídios e assassinatos. 

"Eu não queria matar ele!!!"

Lembro de um início de noite, passando em frente à emergência de um hospital próximo, um homem, rapaz jovem, ajoelhado, gritando: "Não é possível! Não pode ser! Eu não queria matar ele!!!" O amigo estava morto. Os dois, mais outros amigos, bebendo em um bar, assistindo jogo de futebol. Certa altura se desentenderam, todos embriagados, ele quebrou uma garrafa e "partiu pra cima"! Foi fatal. Levaram o rapaz atingido ao hospital, mas ele não resistiu. Teve um super hemorragia. 

Os berros do homem traziam, sim, o eco da desgraça. Para o amigo que se foi e para ele próprio, pois foi o responsável e seria preso... E as famílias de ambos? 

Morte ao volante de toda uma família, mais um 

Além de mortes ao volante, tantas vezes envolvendo transeuntes, ou pessoas que estão em outro veículo, por total irresponsabilidade provocada pela liberação psicológica que o consumo do álcool provoca.

Há poucas semanas tivemos aqui no RS a morte de uma família (casal e um menininho), depois de uma festa. Voltavam de madrugada para casa. Em determinado momento, o carro invadiu a pista na contramão e um senhor idoso, calmamente dirigindo seu carro, que vinha em sentido contrário, morreu também.

Mas, e os estragos de todas as outras drogas?

Sim, você poderá dizer: E as outras drogas? Claro que vivemos um verdadeiro caos, com muitos produtos que prejudicam e transgridem o bom senso que deveria nortear a vida em sociedade. 

Lembro de um curso que fiz na Cruz Vermelha, há décadas, sobre a realidade de todas as drogas. E os ministrantes eram unânimes: As duas portas de entrada para a drogadição, ilícita ou lícita (medicação psicotrópica prescrita), chamam-se: TABAGISMO E ÁLCOOL.

Tabagismo: Segundo relatório da OMS (2018) o consumo mundial diminuiu desde 2000, mas os resultados, em níveis globais, ainda são considerados insuficientes. Apesar das inscrições e imagens terríveis que estão apostas nas carteiras de cigarro, tem de continuar com a conscientização. Depois, é uma decisão do indivíduo. Mas, avisado, ele está!


Imagem: Paho.org - OPAS/OMS 






Por que, então, o fumo recebe tantas recomendações e impostos e o álcool, não?










Com o álcool, no entanto, as recomendações publicitárias não acontecem. Não há campanhas maciças, não há advertências nas embalagens, nem impostos cobrados pela periculosidade advinda. 
"Tributar o álcool é uma das estratégias MAIS SEGURAS. A OMS tem taxas de imposto recomendadas para o tabaco (pelo menos 70% do preço final), também para bebidas adoçadas com açúcar (a 20%), mas não para o álcool. No entanto, essa negligência não se limita à OMS; muitas instituições internacionais e agências da ONU e estados membros envolvidos na saúde continuam ignorando o controle do álcool." (Robert Marten, Gianna Gayle Herrera Amul, Sally Casswell em Álcool, o ponto cego da Saúde Global).

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o álcool é um carcinógeno do Grupo 1, assim como o amianto e o tabaco, podendo causar vários tipos de câncer, sendo que os riscos estão associados ao consumo de bebidas em qualque dose!



@ Pexels



Minha experiência familiar

Em meu círculo familiar muitas pessoas foram dependentes do álcool. Meu pai foi um destes entes queridos. 

Fez uso da "dobradinha" fumo-álcool. E quando se casou nem podia sentir o cheiro de bebida alcoólica. Mas já fumava. Este caminho é costumeiro, avisaram os especialistas da Cruz Vermelha, naquela ocasião. Depois, em viagens longas exercendo sua profissão, acabou se associando a parcerias que o levaram a se tornar um alcoolista. Escrevi um pouco sobre, aqui. 

Aos quarenta anos já sofria de intensas dores no fígado, batia na esposa (primeiro, em minha mãe; depois, na nova companheira). 

Uma vida de inferno, pois, após os episódios, ao fim da ressaca, voltava a ser o homem bom que efetivamente era na essência, educado, terno, alegre... até a próxima... Isto é um flagelo pra todos os que convivem. 

Ao final, entre outras complicações, o tabagismo lhe concedeu DBPOC (Doença Bronco Pulmonar Obstrutiva Crônica) e cirrose hepática. É sabido o quanto o consumo de álcool de forma costumeira acaba lesando especialmente o fígado.

Encontrar o corpo no necrotério, após o falecimento, para liberar o trabalho da funerária, coube a mim. Encontrar aquele cadáver com o tronco TÃO erguido, arcado (pra cima), a boca muito aberta, foi mais um quadro muito doloroso que enfrentei em minha vida.  

Deprimente. Triste. 

Lares desfeitos, infelicidade espalhada, sequelas emocionais seja em quem formava a parceria emocional, seja nos filhotes advindos. Mortes decorrentes. 

Absoluta situação de impotência!

Não, não é pra isto que nascemos!

Álcool, uma praga disseminada a serviço da indústria que lucra com as doenças. Sim, pois nada pára após o esvaziar do copo. E a dependência, já sabemos quais consequências apresenta! 


Doenças não transmissíveis representam 72% das mortes globais.



NÃO ENTRE NESSA! E, se já entrou, SAIA DESSA!!! 
Quanto antes, melhor! 

Alimentação correta, exercício físico, sono de qualidade.
Vai firme, antes que fique dependente!!
Daqui, torcendo pra que dê certo!



Neste artigo do The Lancet, o conteúdo produzido por Robert Marten, Gianna Gayle Herrera Amul, Sally Casswell . Vale por demais ler na íntegra. Querendo, acesse:
Álcool, o ponto cego da saúde global - Publicado por Elsevier Ltd. Artigo de Acesso Aberto sob a licença CC BY 4.0.


Links:
Leia o artigo original da íntegra (em inglês), no Lancet: https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S2214-109X%2820%2930008-5
Ou leia, na íntegra, esta tradução e edição em português: https://www.previna.info/post/%C3%A1lcool-o-ponto-cego-da-sa%C3%BAde-global?fbclid=IwAR2dSzbCiXqgTGFgeD1-XIUpsJAqC2WEHHDdoJqk2Zu7xN83_qZAgI8aNuI
OPAS/OMS - Sobre o Cigarro (e imagem do coração): https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5688:consumo-de-tabaco-esta-diminuindo-mas-ritmo-de-reducao-ainda-e-insuficiente-alerta-novo-relatorio-da-oms&Itemid=839
Foto do topo: https://www.pexels.com/pt-br/foto/alcool-bebado-bebida-alcoolica-copo-3240/
Foto da criança no sofá: https://www.pexels.com/pt-br/foto/angustia-crianca-dentro-de-casa-descalco-262103/

Link deste post: https://diariodaultimaetapadavida.blogspot.com/2020/02/alcool-ponto-cego-da-saude-em-todo.html





Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui



sábado, 22 de fevereiro de 2020

Conexão - 22.02.2020

"Coincidências não existem." - Einstein 
Conexão - Óleo sobre tela que pintei há décadas - Marise Jalowitzki - Arquivo Pessoal



Em diferentes situações, quando concluía uma tela, sentia-me incapaz de escrever meu nome, ainda que sutilmente. A Conexão com minha Intuição era tão forte que eu sentia que colocar ali um nome seria adulterar a Sintonia. E assim fiz, em mais de uma situação: deixei de assinar. Aí, quando a tela passou para a mão de quem adquiriu, e pediam para assinar, escrevia no verso, atrás.

Esta foi uma destas telas. O núcleo em flor, um copinho maravilhoso, lembrando talvez um lírio, emitindo suas vibrações de Paz, Serenidade e Movimento Saudável. Fiozinho preso à Origem Insondável, que ainda não conseguimos definir. E talvez nem consigamos.

Viver o momento presente. Independizar-se, sem perder sua Essência.

Desafios que permanecem durante toda a existência.

Meu aniver foi em 02.02.2020. Uma conjunção de dois, somando 8. Na interpretação dos que estudam os números pelos seus significados e associações diretas (numerologia), o somatório 8 simboliza a roda da fortuna, duas bolinhas superpostas, que, mesmo invertidas, permanecem iguais. Oito pode trazer fracasso ou sucesso. 

E esse entendimento de fracasso ou sucesso depende da autopercepção de cada um. (Quando comentei sobre Sonho Tangível, Possível e Mensurável, havia ali a sugestão de como obter o equilíbrio psicossomático.) 

Muitas das nossas angústias decorrem das metas e expectativas mal traçadas auto impostas.

Há dois dias (já no ingresso em Peixes), uma nova conjunção = 20.02. 2020, novamente somando 8, o número da fortuna, que pode estar sempre dentro de nosso coração, independente das circunstâncias externas. (Aqui comentei sobre a necessidade de uma avaliação profunda, real : Olhar para trás, para a frente, para os lados, para baixo, para dentro de si, olhar para o Alto).

Hoje, 22.02.2020, totalizando 10 (o número Um) início de Caminho, condições de recomeço saudável. Hora de agir, de fazer aquilo que o coração dita.

E doravante, mantendo a Persistência e a Constância de Propósito.

Depois, novamente, lá em 2022.

Interessante, não?

Em TODAS as situações, independente da data, do tempo, caso você esteja conectado, mantenha sua Constância de Propósito, que é o Bem, influenciando com Paz e Bem Estar por todos os caminhos por onde passar.

À guisa de esclarecimento: em linhas genéricas, a Numerologia soma os algarismos, reduzindo tudo a um numeral só. E as explicações de cada número (de 1 a 9, mais algumas poucas combinações decimais) tem como base o significado concedido lá nos primórdios da adoção destes símbolos. Bem sabemos que, quanto mais antigo for, mais ligado à espiritualidade em suas diversas interpretações. 

Independente se queremos ou não segui-las, é produtivo conhecer. São coisas que não se aprende em escolas.

E, como dizia Einstein: "Coincidências não existem". Eu concordo. Conexão.



Link deste post: https://diariodaultimaetapadavida.blogspot.com/2020/02/conexao-22022022.html







Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui






sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Felicidade e Depressão - Ansiar por ser feliz pode te deixar mais infeliz


Querendo ser feliz, mas não sabendo como. (Foto: Sem Steenbergen - Pexels)

Autoconhecimento vale por demais!
Pare de correr sempre atrás da Felicidade!
"Não existe caminho para a Felicidade. A Felicidade é o caminho!!"


Fracas habilidades de controle atencional e regulação da emoção mediam a associação entre valorizar a felicidade e a depressão. "Valores internos de experimentar a felicidade moldam nossas experiências e humor." declara a Dra. Julia Vogt, psicóloga da Universidade de Reading, no Reino Unido, como resultado de um estudo recente sobre os vínculos entre ansiar por felicidade e a depressão.

Na contramão do que o mundão caótico ensina e preconiza, perseguir a felicidade pode causar depressão. Sim, pois do jeitão desenfreado com que as coisas são vendidas na atualidade, tudo tem de ser obtido já, de imediato, com muitos aplausos. Ser famoso, ser bem querido, ser bem sucedido nos negócios, nos amores, nas aquisições... como não estressar-se?


Alguns já intuíram isto. A maioria das pessoas, porém, continua acreditando que "correr atrás" é mais importante que tentar harmonizar-se com o que se tem, com as pessoas que estão conosco atualmente, reverenciar os que vieram antes de nós. 

Isto não significa não ter planos, objetivos e projetos. Tem a ver com a velocidade com que se quer algo, com o quanto de investimento isto necessita (em termos financeiros, emocionais, tônus vital) e do quanto precisamos estar "felizes  tempo todo".... Impossível dar certo, pelo simples fato de a vida ser continuída de erros e acertos, tem prós e contras, tem lágrimas e risos. Cada um a seu tempo.

Desatentar para isto acaba gerando estresse, ansiedade, tem o poder de deixar deprimido.

É só olhar ao redor pra ver o quanto os jovens de hoje continuam sendo empurrados para esta ilusória felicidade, do mesmo jeito que os jovens de ontem também o foram.

Isto tem preocupado a muitos especialistas, já que, ao não obter o desejado-almejado e cair em depressão, o indivíduo procura nas medicações psicotrópicas a resposta para o desequilíbrio psicológico. 

Sem mudar por dentro não adianta. A medicação tarjada até dá uma aliviada no início, mas, bem sabemos, consta na bula, pode desencadear efeitos colaterais bastante nefastos, incluindo idéias de suicidalidade e mesmo o suicídio em si.

Diversos estudos, neste sentido, tem procurado alertar a população para a necessidade de uma mudança de paradigma, o que ainda parece bem distante para a maioria.

Vários estudos continuam a ser feitos em diferentes países. Reino Unido, EUA, Rússia,  leste da Ásia. Surpreendentemente (ou não), nos EUA apareceram os maiores índices de associação entre ansiar pela felicidade e depressão - publicações no Journal of Happiness Studies - enquanto as pesquisas efetivadas na Rússia e no leste asiático mostraram uma associação positiva entre o valor da felicidade e o bem estar - publicações no Journal os Experimental Psychology.  

Os participantes receberam uma série de questionários online, e responderam sobre quais atitudes tomavam frente a diferentes situações, sobre o quanto valorizavam a felicidade e quais emoções - e a intensidade delas - os afetavam. Também foram analisadas quais destas emoções eram silenciadas, ou simplesmente descartadas, e quais permaneciam por mais tempo.


Uma razão para essas diferenças pode ser que, por aqui, os hábitos, os valores, os indicativo têm como base para seus níveis de felicidade as realizações individuais e não as coletivas, pensar em si e no seu pequeno núcleo e não em objetivos universais. Faz TODA a diferença!





O que precisa acontecer

Os estudos não apresentaram sugestões sobre como habilitar-se emocionalmente para poder celebrar as conquistas e, concomitantemente, desenvolver resiliência para lidar com os reveses.

Sugiro a seguir alguns passos que já se mostraram efetivos.

Não há qualquer problema em querer ser feliz (é o primordial objetivo humano). É preciso aprender a considerar sempre as consequências, a que irão levar nossos atos, quem será prejudicado, quem será favorecido. 

Também, aumentar o controle emocional, regulando as emoções, avaliando e valorizando os resultados obtidos, aprender com eles. 

Comemorar e saborear as conquistas, por menores que sejam. 

Olhar em todas as direções.

Olhar para trás como forma de avaliar o que já foi e o que é atualmente. Reverenciar os ancestrais e a si mesmo. Ao invés de esmiuçar os erros, salientar os acertos. 

Enxergar também os que têm menos que nós, seja no campo material, afetivo, condições físicas, etc..

Olhar para a frente, entendendo que o futuro (momento seguinte) é uma grande incógnita e não estamos no controle de tudo, mas podemos [e devemos] avaliar consequências. 

Há um índice importante de previsibilidade, mas nada garante que vai acontecer como desejamos.

Enxergar também, com tranquilidade e sabedoria, aqueles que têm mais que nós (posses materiais, exuberância física, etc.), entendendo que este mundo é desigual, sempre foi e que, mesmo não sendo um cenário justo, há condições de realizar feitos os quais podemos celebrar. 

E avaliar o esforço a ser despendido. E se estamos dispostos a isso.

O momento presente é tudo que temos (Foto: Nicholas Githiri - Pexels)


Olhar para os lados, aceitando que o momento presente é tudo que temos, é tudo que dispomos e onde, efetivamente, podemos agir e interferir. Que seja para o Bem.

Enxergar, também, quem está em situação semelhante, quem acompanha o estágio em que nos encontramos e que também tem sonhos e planos.


Olhar para baixo, agradecendo pela nossa origem, reverenciando a Mãe-Terra, que nos sustenta, nos dá estrutura para manter-se em pé, fornece o alimento que permite a Vida. Tão poucos o fazem! 


Olhar para dentro de si, entendendo, aceitando, celebrando e perdoando todos os seus atos, habilidades, carências. Tanto a encontrar!

É dentro de cada um que reside o potencial para seguir, entender, aprender.


Olhar para o Alto, entendendo que há TANTA coisa que não conhecemos, cisas e fatos, verdades e condições que sequer imaginamos. E reverenciar e agradecer.

Não é resignar-se. É aceitar-se.


Fontes de pesquisa:
https://www.medicalnewstoday.com/articles/327493

https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10902-019-00193-9

Imagem do topo: Sem Steenbergen - https://www.pexels.com/pt-br/foto/natureza-floresta-selva-mata-3621344/

Imagem no texto: Nicholas Githiri - https://www.pexels.com/pt-br/foto/acessorio-afeicao-afeto-alegria-1027931/

Link deste post: https://diariodaultimaetapadavida.blogspot.com/2020/02/felicidade-e-depressao-ansiar-por-ser.html









Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui







quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Terceira idade - grupo de risco, assaltos e os intermináveis telefonemas de telemarketing...


Anna Shvets - Pexels

Sério, duvido que alguém possa dizer que é a "melhor idade" essa. Não, não vou comentar hoje sobre dores, doença, cansaço, solidão, etc., etc...

Hoje quero comentar sobre os assaltos, os pedidos de toda sorte-azar e os intermináveis, recorrentes, diários telefonemas de telemarketing. Não cito as mensagens de whatsapp pois estas, simplesmente, dá pra excluir.

Quem não?

Chatice! E sem poder recorrer, pois no caso do telemarketing, o pessoal falava que era só "ir no Procon" que resolvia. Que nada! Trocam os números fictícios a cada nova chamada. De nada adianta, nem bloquear, nem denunciar! 

Sempre novas ofertas e as antigas também: empréstimos, empréstimos, empréstimos! Precisando de dinheiro? Banco safra, bmg, pan, itaú, bradesco..... Senhor!!! E o pior é quando se pede para tirar o nome do cadastro, pois não há nenhuma possibilidade de querer e, simplesmente, em um mesmo dia, chegam a vir dezenas de chamadas! Passam para outro(a) funcionário(a) operador(a) e segue a incomodação!

Houve uma ocasião em que a pessoa se identificou como sendo "da Previdência" e comunicando que eu havia recebido um novo cartão, isento de anuidade. Só vir pegar. Resolvi saber um pouco mais, só pra ver até onde ia a incoerência.

- A Previdência firmou uma parceria com um banco e queremos lhe oferecer um cartão novo, sem anuidade - disse a moça.

- Ah, é? - respondi - E com que entrou a Previdência nesta parceria?

OLHA A RESPOSTA!

- O banco entrou com o cartão e nós, da Previdência, com o plástico do cartão!

Gente! Ou era pra me zoar ou era sei lá o que!

Já tirei o som de meu telefone fixo (só aumento o volume caso eu fizer uma ligação, o que dificilmente acontece. Mas, faz parte do combo na operadora, aí, usando ou não, é mais conveniente pagar pelo serviço não usado que adquirir outro... só no Brasil...).

Já mudei o número do celular e whats, porém, aos poucos, estes invasores vão tendo acesso igual... Desrespeito que, sei, pode ser contestado por invasão, mas, como saber quem é que está incomodando do outro lado???


Sobre riscos para assaltos, o quadro é igualmente frágil.


Reafon Gates - Pexels

Este é um caso de um "Bom Assalto" - Sinto que neste dia fui abençoada!

Outro dia saindo de casa após o almoço, tipo 2h da tarde, ía atravessando uma rua perto de casa, naquele horário totalmente deserta, vem atravessando um daqueles rapazes altos, esguios, em minha direção. Fui olhando fixo para ele, "encomendando minh'alma", pois pressenti que iria ser assaltada. Pra minha sorte, tratava-se de um desses jovens que ficam alegres, não sei qual a droga que havia ingerido. Veio gritando:

- E aí, madrinha, como é que vai esta força?

Decidi que iria tentar entrar na vibe dele:

- E aí, meu afilhado, como está? Faz tempo que a gente não se vê! - Eu disse sorrindo largamente. (Era tudo ou nada!)

Ele parou na minha frente, perguntou quanto dinheiro eu tinha. Pedi desculpas:

- Olha, sério, vou te mostrar a minha carteira. Tenho 7 reais em dinheiro (e era verdade!). Desculpa, mas hoje saí só com o cartão de crédito! Se quiseres, podes me acompanhar até o supermercado que lá tem um 24 horas e dá pra sacar algum!

- Não, é muito longe! Vou querer só os 7 mesmo!

E emendou, sei lá porque:

- Vou levar até o Emanuel, pra contribuir com os pães!

- Ah! O Emanuel? - trata-se de um asilo de velhinhos - Que legal! Sempre que encontro um dos rapazes compro o pão, que é muuuito bom! Também as cucas!

(O Centro possui também uma ala de reeducação de pessoas adictas e um dos aprendizados é o fabrico de pães e cucas, sob a supervisão de especialista na área.)

- Minha mina trabalha lá! - arrematou.

- Puxa! Que dez! Quando a vires, diz que mando um abraço!

- Pode deixar que eu falo, sim! - respondeu com um sorriso infantil, olhão esbugalhado.

Sei lá se foi aquele momento inusitado, só sei que deu certo. Eu abri a carteira, ele se inclinou um tanto mais para ver que, realmente, tinha uma notinha de cinco e uma de dois reais. Tirei as duas e repeti novamente:

- Desculpa por ser pouquinho. Mas é isso!

O rapaz agradeceu sorrindo e foi embora!

Agradeci à Fonte Divina e segui!

Houve várias outras situações não agradáveis, mas prefiro não lembrar delas.

E assim vamos indo!!!

Lidando com a impotência de um mundão caótico. Lembrando que não somos os salvadores d mundo. E que há tanta coisa que poderia - e deveria - ser trabalhada na gênese! Mas não! Os governantes e donos do poder preferem sempre a intervenção remediativa (que concede mais louros!) que a prevenção (que é a única capaz de prospectar uma mudança efetiva!).


Fotos:
https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoa-maos-mulher-segurando-3683209/
https://www.pexels.com/pt-br/foto/alerta-ao-ar-livre-arte-assinatura-1570264/

Link deste post: https://diariodaultimaetapadavida.blogspot.com/2020/02/terceira-idade-grupo-de-risco-para.html







Marise Jalowitzki é mãe, avó, sogra, irmã, tia, filha, neta, amiga, cidadã.Também é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas.Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano. Querendo, veja aqui